Lula critica Trump, mira eleições para o Senado em 2026 e diz que, ‘se estiver bonitão, extrema direita não volta’

Presidente da República participou da Convenção Vernáculo do PSB e pregou união da esquerda no ano que vem; petista também defendeu Moraes e criticou ‘unilateralismo’ dos EUA
Mateus Bonomi/Agif/Estadão Teor

DF – BRASÍLIA, CERIMÔNIA DE LANÇAMENTO DO PROGRAMA PARA REDUZIR ESPERA POR MÉDICOS ESPECIALISTAS NO SUS – POLÍTICA – DF – BRASÍLIA – 30/05/2025 – BRASÍLIA, CERIMÔNIA DE LANÇAMENTO DO PROGRAMA PARA REDUZIR ESPERA POR MÉDICOS ESPECIALISTAS NO SUS – O presidente brasiliano Luiz Inácio Lula da Silva participa de uma cerimônia de lançamento de um programa para ampliar o aproximação a serviços públicos de saúde no Palácio do Planalto, em Brasília, em 30 de maio de 2025. 30/05/2025 –
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou neste domingo (1º) da convenção pátrio do PSB, que oficializou o nome do prefeito do Recife, João Campos, porquê novo presidente do partido. No evento, Lula fez críticas à “extrema direita”, defendeu o fortalecimento das instituições democráticas e voltou a mirar o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante o exposição, o petista afirmou que a eleição de senadores da esquerda em 2026 será importante para sofrear o progresso da extrema direita.
“Precisamos lucrar maioria no Senado, senão esses caras vão avacalhar a Suprema Galanteio. Não é porque a Suprema Galanteio é uma maçã gula. É porque precisamos preservar as instituições que garantem o tirocínio da democracia neste país. Se esses caras elegerem maioria de senadores, eles vão fazer uma ‘muvuca’ nesse país”, disse o presidente. Lula ainda afirmou que, se depender dele, a “extrema direita” não voltará ao poder. “Se eu estiver bonitão do jeito que estou, enamorado do jeito que estou e motivado do jeito que estou, a extrema direita não volta a governar esse país”, declarou, provocando risos da plateia.
O presidente também reagiu às declarações do senador norte-americano Marco Rubio, que defendeu sanções a autoridades estrangeiras que censurarem americanos. Há no Brasil a sensação de que os Estados Unidos estão mirando no ministro do STF (Supremo Tribunal Federalista) Alexandre de Moraes. Lula classificou a verosímil sanção porquê ingerência nos assuntos internos do Brasil.
“Querem criticar a Justiça brasileira porque o Moraes quer prender um face que está lá nos EUA fazendo coisa contra o Brasil o dia inteiro. Eu nunca critiquei a Justiça deles, mesmo com tantas guerras e mortes que provocam”, afirmou Lula. Ele também acusou Donald Trump de tentar enfraquecer a cooperação internacional. “Trump quer findar com o multilateralismo e gerar o unilateralismo. Não queremos mais Guerra Fria. Queremos livre negócio e soberania de cada país”, disse.
Acenos ao Congresso e ao PSB
O presidente fez um gesto político ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), presente na convenção, em meio ao impasse entre o Planalto e o Congresso sobre mudanças no IOF. “Independente do partido que você pertence, sua eleição porquê presidente da Câmara é mostra de que, dentre tantas coisas ruins, começam a sobrevir coisas boas”, afirmou.
Lula também exaltou sua relação com o PSB e com o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, pai de João Campos. “Muito ministro petista tinha ciúmes da nossa relação”, brincou. Eduardo Campos foi ministro de Ciência e Tecnologia no primeiro procuração de Lula e morreu em um acidente leviano em 2014, quando era candidato à Presidência.

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João Campos, por sua vez, defendeu a manutenção da placa Lula-Alckmin para 2026 e afirmou que as definições sobre eventuais federações devem ocorrer até outubro. “O ideal para a esquerda é atrair o meio, e não empurrá-lo para a direita”, disse o novo presidente do PSB. O vice-presidente Geraldo Alckmin também participou do evento. Em seu exposição, afirmou que “se perdendo a eleição tentaram dar um golpe, imagina se tivessem ganhado”.

Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA