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Américo Martins: Se Maduro recusar ajuda de países, Brasil terá que ser mais duro

Escrito por em 4 de Setembro, 2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se prepara para uma importante conversa com o líder venezuelano Nicolás Maduro nesta quarta-feira (4). Ao seu lado estarão os presidentes do México, Andrés Manuel López Obrador, e da Colômbia, Gustavo Petro, em uma tentativa conjunta de abordar as preocupações sobre o processo eleitoral na Venezuela.Segundo o crítico sênior de assuntos internacionais da CNN Brasil, Américo Martins, o diálogo com Maduro tem se mostrado reptador até o momento. “Até cá o Itamaraty, a chancelaria da Colômbia, a chancelaria do México mandaram vários recados, vários sinais, várias medidas de informação para o presidente venezuelano, autocrata Nicolás Maduro, também para a chancelaria venezuelana, e nos últimos dias eles sequer receberam respostas”, explicou Martins. Honduras abandona entendimento com os EUA e denuncia tentativa de golpe de estado Américo Martins: Ucrânia quer substanciar poder com troca de ministro Estudo: Líderes autoritários mexem nos calendários para mostrar poder interminável Postura defensiva de CaracasOs sinais vindos de Caracas têm sido predominantemente negativos, com o regime venezuelano aparentemente mais interessado em um verosímil conflito diplomático do que em transfixar espaço para discussões. Martins destacou que “todos os sinais que vêm de Caracas, seja do próprio Maduro, seja da Percentagem Pátrio Eleitoral, seja do Supremo Tribunal de Justiça ou do Ministério Público da Venezuela, são todos no contrário, são todos dobrando a aposta nessa narrativa fictícia de que o Maduro venceu as eleições”.A situação é agravada por provocações diretas ao Brasil e à Colômbia, além da tentativa de prisão de um candidato oposicionista. Esse cenário tem levado a uma crescente preocupação entre os países vizinhos, resultando em uma nota conjunta emitida por Brasil e Colômbia expressando mortificação com a situação.Provável endurecimento da postura brasileiraCaso Maduro continue a rejeitar o diálogo, o Brasil e seus aliados podem ser forçados a adotar uma postura mais firme. “Se não houver essa conversa com o Maduro e se não houver qualquer tipo de progressão, o Brasil e a Colômbia vão ter que se posicionar de forma mais dura”, alertou Martins.No entanto, a situação é complexa, pois os três países que buscam o diálogo – Brasil, México e Colômbia – são governados por partidos de esquerda com histórico de relações com o chavismo. Isso pode gerar desafios internos para uma mudança drástica de abordagem.A expectativa agora se concentra na reunião desta quarta-feira, que pode simbolizar um ponto de viradela nas relações diplomáticas com a Venezuela e na abordagem regional à crise política e eleitoral do país. Os textos gerados por perceptibilidade sintético na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique cá para saber mais.


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