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Américo: Estratégia de Maduro é aumentar crise com Brasil para justificar ações internas

Escrito por em 1 de Novembro, 2024

A recente publicação de uma imagem da bandeira brasileira pela polícia bolivariana da Venezuela nas redes sociais marca mais um capítulo na crescente tensão entre os governos de Nicolás Maduro e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o exegeta sênior de assuntos internacionais Américo Martins, essa ação faz secção de uma estratégia deliberada do regime venezuelano.De concordância com Martins, o governo de Maduro procura produzir um “inimigo extrínseco” para justificar medidas autoritárias e mobilizar sua base de espeque. “É uma ditadura que sempre procura ter alguns inimigos. É para isso que eles usam esse instrumento, esse instrumento de inimigo, principalmente o inimigo extrínseco, para tentar mobilizar a sua base, para tentar justificar uma série de medidas autoritárias”, explicou o exegeta. Planalto não deve responder Venezuela por prenúncio com imagem de Lula Crise com Venezuela afeta negociação para saída de asilados em embaixada, avalia Planalto Crise entre Venezuela e Brasil enterra esperanças ocidentais de diálogo com Maduro Mudança nas relações Brasil-VenezuelaA escolha do Brasil porquê mira dessas provocações surpreende, considerando a histórica proximidade entre os governos de Lula e o chavismo. No entanto, a recente negativa brasileira ao pedido venezuelano de ingresso no grupo dos BRICS teria sido um ponto de viradela nas relações bilaterais.Martins destacou que o Brasil condicionou seu espeque à ingressão da Venezuela nos Brics a um compromisso de diálogo para resolver a crise política interna do país. “O Brasil deu um recado muito evidente naquele momento, que se a Venezuela não se comprometia, pelo menos dialogar com relação a que tipo de saída política é verosímil para sua crise interna, o Brasil também não vai colaborar com os pleitos da Venezuela”, afirmou.Resposta brasileira às provocaçõesDiante das provocações venezuelanas, o governo brasílio tem optado por uma postura de cautela. O Palácio do Planalto informou à CNN que não responderá às provocações, uma decisão que Martins considera sábia.“É muito sábio o que o Itamaraty está fazendo, evitar provocar ainda mais, porque eles sabem qual é a estratégia do Maduro”, avaliou o exegeta. No entanto, ele ressaltou que existe um limite para as provocações e, se ultrapassado, o Brasil poderá adotar uma postura mais assertiva.A situação atual reflete a complicação das relações diplomáticas na América do Sul e destaca os desafios enfrentados pelo governo Lula em sua política externa regional, principalmente no trato com regimes autoritários porquê o de Maduro na Venezuela. Os textos gerados por lucidez sintético na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique cá para saber mais.


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