Zambelli pedirá suspeição de Moraes e Cármen após uso da expressão ‘desinteligência natural’
Escrito por Nilson Oliver em 23 de Maio, 2024
STF acatou por unanimidade por colocar deputada federalista e o hacker Walter Delgatti no banco dos réus na última segunda-feira
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Carla Zambelli ficou brava pela frase usada por Cármen LúciaA deputada federalista Carla Zambelli (PL-SP) informou que pedirá a suspeição dos ministros Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), pelo uso das expressões “desinteligência procedente” e “estupidez” durante a sessão da última terça-feira (21), que tornou a parlamentar ré pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. “A postura relatada não corresponde àquilo que se espera de julgadores imparciais, de modo que entende estar caracterizada a suspeição dos ministros”, disse Carla Zambelli, em nota. Na última segunda-feira (20), a Primeira Turma do STF decidiu, por unanimidade, colocar a deputada federalista e o hacker Walter Delgatti, o “Vermelho”, no banco dos réus. Eles responderão pela invasão ao sistema do Recomendação Pátrio de Justiça (CNJ). Ao proferir seu voto, Cármen Lúcia fez uso da frase “desinteligência procedente” para se referir ao caso, e Alexandre de Moraes complementou o raciocínio da magistrada.
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“Prelúdios a não me preocupar mais só com a lucidez sintético, mas com a desinteligência procedente de alguns que atuam criminosamente, além de tudo sem qualquer tracinho de lucidez”, disse Cármen Lúcia. “Vossa Primazia, sempre muito educada, disse ‘desinteligência procedente’. Eu diria estupidez mesmo, procedente”, afirmou Moraes. Se for aceita a alegado de Zambelli de que Cármen Lúcia e Moraes são suspeitos, os ministros serão impedidos de julgar o processo criminal contra a deputada federalista.
Zambelli e hacker são réus por invasão ao CNJ
A PGR denunciou Carla Zambelli e Walter Delgatti posteriormente a epílogo do interrogatório da Polícia Federalista (PF) sobre a invasão ao sistema do CNJ. O objetivo do ataque hacker, segundo os investigadores, era descredibilizar o Poder Judiciário. Um dos documentos apreendidos pela PF foi um mandado falso em que Moraes determina e assina a própria prisão.As diligências apreenderam com a deputada federalista documentos que correspondem aos arquivos inseridos por Delgatti no sistema do CNJ, o que comprova, segundo a PF, o envolvimento da parlamentar na conduta criminosa.
*Com informações do Estadão Teor