Lula deve aproveitar cúpula do G7 para fazer aceno a EUA e Europa
Escrito por Nilson Oliver em 19 de Abril, 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve admitir o invitação do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, para participar da cúpula do G7, grupo que reúne os países mais industrializados do mundo.Fontes do governo afirmam à CNN que, depois da repercussão negativa das falas de Lula sobre a guerra na Ucrânia entre União Europeia e Estados Unidos, o presidente deve aproveitar o encontro em Hiroshima para fazer um gesto aos líderes do Poente.Uma das fontes do Planalto diz que Lula já iria de qualquer jeito ao G7 e só não confirmou a viagem ainda exclusivamente por uma questão de agenda, já que o delonga da ida à China atrapalhou o cronograma. O invitação deve ser aceito até porque foi a primeira vez que o Brasil foi convidado a comparecer à cúpula desde os primeiros mandatos de Lula.A cúpula acontece entre os dias 19 e 21 de maio. O presidente também deve participar da coroação do Rei Charles III, na Igreja de Westminster, em Londres, no dia 6 de maio, porquê adiantou o exegeta da CNN Gustavo Uribe.A decisão de ir à Inglaterra também tem relação com a tentativa do governo de colocar panos quentes nas declarações sobre a guerra.Na segunda-feira (17), Estados Unidos e União Europeia rebateram as declarações de Lula, nas quais o presidente insinuou que EUA e UE teriam propiciado o prolongamento da guerra e que a decisão da guerra teria sido tomada “por dois países”.Em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, no domingo (16), Lula afirmou: “O presidente Putin não toma iniciativa de silêncio. O Zelensky não toma iniciativa de silêncio. A Europa e os Estados Unidos terminam dando tributo para a ininterrupção dessa guerra”.O porta-voz da Moradia Branca, John Kirby, disse que Lula “está reproduzindo propaganda russa e chinesa” e que os comentários foram “simplesmente equivocados”.A fala do ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, de que Brasil e Rússia têm visões alinhadas, durante visitante à Brasília, seria mais um motivo para Lula bracear ao grupo de países do Poente. Compartilhe:
