Tentativa de golpe na Bolívia é resultado de onda conservadora na América Latina, diz especialista
Escrito por Nilson Oliver em 26 de Junho, 2024
Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (26), a professora de Relações Internacionais da Unifesp Regiane Bressan disse que o presidente da Bolívia, Luis Arce, e o ex-presidente Evo Morales, que estavam rompidos politicamente, devem se aproximar diante do cenário de instabilidade no país.A tentativa de golpe de Estado na Bolívia, ocorrida nesta quarta, pode mobilizar forças políticas opostas a se unirem em resguardo da democracia, segundo Bressan. “A situação política da Bolívia é bastante frágil. Arce se isolou e rompeu com Morales no ano pretérito. Quando destituiu o comandante militar Zúñiga, houve um levante militar para um golpe de Estado no pais”, explicou a técnico.Ela atribuiu a tentativa de golpe à vaga conservadora de extrema-direita que cresce na América Latina. “Esse golpe na Bolívia hoje é resultado também dessa vaga de direita que assola a região”, avaliou.Apesar da separação entre os líderes esquerdistas, a população boliviana parece favorável à manutenção da democracia, segundo Bressan. Porém, ela pondera que é prematuro mensurar o quanto as instituições democráticas resistirão ao golpe.Impacto regionalO Brasil, que faz fronteira com a Bolívia e tem interesses comuns com o país vizinho, certamente tentará preservar a democracia na região, disse a técnico. “O grande problema é para o próprio país que não vai mais ser governado por um governo eleito democraticamente”, alertou.As negociações para a ingressão da Bolívia no Mercosul também devem se paralisar com a instabilidade política, assim porquê as relações bilaterais ficam dificultadas. “É uma fastio à firmeza política dos países vizinhos”, concluiu Bressan.Os textos gerados por perceptibilidade sintético na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique cá para saber mais(Publicado por Raphael Bueno, da CNN Brasil) Compartilhe: