Podemos criticar entusiasmo de Lula, mas diálogo com Venezuela é necessário, diz professor

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que a Venezuela é “vítima de narrativa de antidemocracia e autoritarismo”.A asserção foi feita diretamente ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, durante recepção na segunda-feira (29) para encontro com outras lideranças sul-americanas em Brasília.O professor de recta internacional da Universidade Federalista de Minas Gerais (UFMG) Lucas Carlos Lima avalia que o entendimento de Lula é o de que uma política de isolamento não traz frutos ao Brasil.Entre esses frutos estaria a dívida dos venezuelanos, que pode, segundo uma apuração da CNN, chegar a R$ 12,5 bilhões, incluindo os valores devidos diretamente ao Banco Pátrio de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Podemos criticar o excitação do diálogo, mas o diálogo me parece, neste caso, necessário”, disse Lucas Carlos Lima, em entrevista à CNN. “Do contrário, nós não conseguimos exercitar o mínimo de pressão para tentar restaurar a posição da Venezuela em relação a direitos humanos. Só poderemos fazer pressão se houver um via de diálogo.”O professor da UFMG afirma que as relações com regimes pouco ou zero democráticos faz segmento das relações internacionais há muito tempo e que todas as potências têm hoje alguma proximidade com qualquer estado autocrático.“É difícil, neste momento, qualquer estado no mundo poder mostrar o dedo para o Brasil”, afirmou Lima, lembrando que a própria constituição do Brics conta com governos considerados autoritários, porquê Rússia, China e Índia.O professor ainda apontou que o bom relacionamento dos países da América do Sul é fundamental para uma taxa em que o Brasil quer voltar a ser referência: o meio envolvente.Outrossim, a reunião com líderes de 11 países sul-americanos em Brasília nesta terça-feira (30) pode contribuir para definições de políticas de segurança fomentar e de combate ao narcotráfico.Com produção de Bel Campos.  Compartilhe: