Faixa Atual

Título

Artista


PEC da Anistia pode reduzir repasse de R$ 1,1 bi para candidaturas de negros

Escrito por em 16 de Agosto, 2024

Decisão do da última quinta-feira (15) perdoou dívidas por multas de diversos partidos e diminuiu a quota da verba destinada a multiplicidade de etnia nas campanhas
Roque de Sá/Sucursal Senado

Frontispício do SenadoA Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Anistia, aprovada pelo Congresso Pátrio na quinta-feira (15), poderá reduzir em muro de R$ 1,1 bilhão o repasse do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral para o financiamento de candidaturas negras nas eleições municipais deste ano, aponta operação feito pelo Pacto pela Democracia, coalizão que reúne mais de 200 organizações da sociedade social. A PEC é criticada por movimentos ligados à transparência partidária. Segundo eles, a proposta incentiva a inadimplência ao estabelecer o prazo de até 15 anos para o pagamento de multas eleitorais e de cinco anos para obrigações previdenciárias, além de anular todas as sanções de natureza tributária aplicadas aos partidos.

Siga o conduto da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Em 2024, 188 milénio pardos e 51,7 milénio pretos participarão das votações pelo País. O número representa 52,7% do totalidade de candidatos. Na regra anterior, feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2020, os partidos deveriam repassar recursos de forma proporcional à quantidade de pretos e pardos – isto é, se obedecesse à regra do TSE, as siglas deveriam destinar 52,7% do moeda do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral para candidatos negros.
Isso não acontecerá, já que a PEC estabelece um piso de 30% aos quais os partidos devem destinar a pretos e pardos. “Essa mudança deve ocasionar uma instabilidade jurídica na repartição do fundo e uma queda drástica na eleição de candidatos negros nos próximos anos”, diz Arthur Mello, coordenador de advocacy do Pacto pela Democracia. “Tudo isso enquanto anistia todas as prestações de contas dos partidos políticos.”
A ministra do TSE, Vera Lúcia Santana Araújo, participou de uma audiência pública no Senado Federalista e disse que o Poder Legislativo pode estar fazendo uma “má sinalização” com o projeto, e apontou a disparidade entre candidatos eleitos brancos e negros.
“Nas eleições municipais de 2020, por exemplo, 67% de eleitos foram prefeitos autodeclarados brancos, portanto tivemos exclusivamente 32,1% de pretos e pardos. Se nós somos 56%, há um desequilíbrio nessa balança”, disse a ministra.
*Com informação do Estadão ConteúdoPublicado por Fernando Keller


Opnião dos Leitores

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados com *