Parlamentares cobram explicações após afastamento do presidente do INSS por suspeita de fraudes
Escrito por Nilson Oliver em 23 de Abril, 2025
Operação da Polícia Federalista apura descontos indevidos realizados por entidades em aposentadorias e pensões previdenciárias; esquema teria provocado prejuízo de R$ 6,3 bilhões
Divulgação/Ministério da Previdência Social
Alessandro Stefanutto (à esq.) foi indicado à presidência do INSS pelo ministro Carlos Lupí
O retraimento do presidente do INSS (Instituto Pátrio do Seguro Social), Alessandro Stefanutto, claro de uma operação da Polícia Federalista deflagrada nesta quarta-feira (23), gerou poderoso reação no Congresso Pátrio. Parlamentares da oposição cobraram explicações do governo federalista e criticaram a gestão da Previdência Social diante das suspeitas de envolvimento em um esquema de fraudes bilionárias. Stefanutto foi longínquo do incumbência por decisão judicial no contextura da Operação Sem Desconto, que apura descontos indevidos realizados por entidades em aposentadorias e pensões de beneficiários do INSS. Segundo a Polícia Federalista, o esquema teria provocado prejuízo de aproximadamente R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
Diante da seriedade das denúncias, a deputada federalista Daniela Reinehr (PL-SC) protocolou um requerimento de informação ao Ministério da Previdência Social. No documento, ela pede detalhes sobre as medidas adotadas para prevenir fraudes, a lista de servidores afastados, além de possíveis vínculos entre Stefanutto e integrantes do governo federalista. “É incabível que o governo Lula permita a existência de uma verdadeira indústria de fraudes bilionárias dentro do INSS”, afirmou a parlamentar.
O senador Dr. Hiran (PP-RR) também se manifestou com uma nota de repúdio. Segundo ele, o escândalo representa “uma quebreira inadmissível aos direitos e à distinção de milhões de brasileiros que dependem do INSS para prometer uma vida minimamente digna”. O senador pediu esclarecimentos imediatos do Ministério da Previdência e punição rigorosa aos responsáveis. Ele destacou que o suposto envolvimento de gestores do sobranceiro escalão do instituto em práticas criminosas abala a crédito da população nas instituições públicas e “penaliza diretamente os mais vulneráveis”.
A indicação de Stefanutto ao incumbência também virou claro de questionamentos. O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que o partido não participou da escolha e que a nomeação foi feita diretamente pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT). Stefanutto, embora tenha relação anterior com o PSB, filiou-se ao PDT em fevereiro deste ano.
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Nas redes sociais, políticos da oposição também reagiram. A deputada Carla Zambelli (PL-SP) escreveu: “Qualquer espanto que o escândalo envolve um indicado de Lula?”. Já o senador Rogério Pelágico (PL-RN) declarou: “Os mesmos métodos, os mesmos personagens. O PT não esqueceu zero… E não aprendeu zero”. O Ministério da Previdência ainda não se pronunciou oficialmente sobre o requerimento da deputada nem sobre as cobranças do Congresso.