Há 20 anos no poder, Tayyip Erdogan é reeleito presidente da Turquia
Escrito por Nilson Oliver em 28 de Maio, 2023
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, de 69 anos, foi reeleito para seu terceiro procuração neste domingo (28), depois uma corrida eleitoral acirrada no segundo vez contra o líder da oposição, Kemal Kilicdaroglu.Erdogan recebeu 27.513.587 votos (ou 52,14%), segundo dados divulgados pelo Juízo Superior Eleitoral da Turquia, superando o rival Kilicdaroglu, que obteve 25.260.109 votos (ou 47,86%), com mais de 99% das urnas apuradas.Erdogan declarou vitória pouco antes de o Juízo Superior Eleitoral, responsável pela resenha dos votos, oficializar o término da apuração. A eleição presidencial foi inédita: pela primeira vez a disputa foi para um segundo vez.Presidente turco, Tayyip Erdogan / 16/11/2022 ADITYA PRADANA PUTRA/Núcleo de Mídia do G20/Divulgação via REUTERSCom o feito, Erdogan, que está há 20 anos no poder, terá recta a um procuração de mais cinco anos no comando da Turquia.“Agora é a hora de proteger a vontade das pessoas que temos na mais subida estima”, escreveu Erdogan em sua conta no Twitter. Erdogan enfrentou Kilicdaroglu, de 74 anos e líder do partido de esquerda CHP. Segundo disposto, Kilicdaroglu admitiu a rota e disse que continuará a liderar sua luta depois “a eleição mais injusta em anos” contra o atual presidente.“Tenho um pedido de todos vocês, por obséquio, vamos manter viva a luta pela democracia para vocês, para seus filhos, para os aposentados, para nossas mães e pais, para nossos agricultores e comerciantes”, disse.Kemal Kilicdaroglu, líder do Partido Republicano do Povo (CHP) e candidato derrotado à Presidência da Turquia / Anaodlu Agency/Getty Images“Vivemos a eleição mais injusta dos últimos anos. Todos os meios do Estado foram mobilizados para um partido político. Todas as possibilidades foram colocadas sob os pés de um varão”, acrescentou.Falando em Ancara, Kilicdaroglu disse que os resultados mostraram a vontade do povo de mudar um governo dominador.“Nesta eleição, a vontade do povo de mudar um regime dominador surgiu apesar de todas as pressões. Continuaremos nossa luta em todas as frentes com todos os membros do Partido Republicano do Povo (CHP) e da Confederação Vernáculo. Continuaremos sendo na vanguarda desta luta até que a verdadeira democracia chegue ao nosso país.”Ele afirmou ainda que está triste com os “problemas” que aguardam a Turquia.O terceiro disposto no primeiro vez, Sinan Ogan, havia anunciado no último dia 22 esteio a Recep Tayyip Erdogan. Ogan havia recebido 5,17% dos votos no primeiro vez, na presença de 49,52% de Erdogan na primeira rodada do pleito presidencial.Escora de Putin e mensagem de ZelenskyO presidente russo, Vladimir Putin, parabenizou hoje seu “querido colega” Tayyip Erdogan, antes mesmo do proclamação solene do resultado.“A vitória eleitoral foi um resultado proveniente de seu trabalho altruísta porquê director da República da Turquia, uma clara evidência do esteio do povo turco aos seus esforços para fortalecer a soberania do Estado e conduzir uma política externa independente”, disse Putin em uma mensagem a Erdogan, segundo o Kremlin.Em entrevista exclusiva à CNN antes do segundo vez das eleições presidenciais, Erdogan disse ter um relacionamento “peculiar” e crescente com Putin.“Não estamos em um ponto em que imporíamos sanções à Rússia porquê o Poente fez. Não estamos sujeitos às sanções do Poente”, disse Erdogan a Becky Anderson, da CNN. “Somos um Estado potente e temos uma relação positiva com a Rússia.”“Rússia e Turquia precisam um do outro em todos os campos possíveis”, acrescentou.Embora a Turquia seja uma aliada da Otan, Erdogan muitas vezes frustrou Washington – por exemplo, ao se aproximar da Rússia e sugerir uma reaproximação com a Síria.O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se manifestou neste domingo (28) pelas redes sociais: “Contamos com o fortalecimento da parceria estratégica para o mercê de nossos países, muito porquê o fortalecimento da cooperação para a segurança e firmeza da Europa”. Erdogan tem procurado atuar porquê intermediário entre Kiev e Moscou desde que a Rússia invadiu a Ucrânia no ano pretérito.Terremoto e estratégias eleitoraisA reeleição de Erdogan ocorreu quase quatro meses depois que um terremoto, ocorrido em 6 de fevereiro, matou mais de 50.000 pessoas e deslocou mais de 5,9 milhões no Sul da Turquia e no Setentrião da Síria.Também ocorreu em meio a uma grave crise econômica e o que os analistas dizem ser uma erosão democrática sob o governo de Erdogan.Mesmo antes do sinistro de fevereiro, a Turquia lutava contra o aumento dos preços e uma crise cambial que em outubro viu a inflação atingir 85%, o que afetou o poder de compra da população.Os críticos de Erdogan argumentam que ele galvanizou ainda mais sua base de esteio ao fazer alegações sem fundamento no campo da oposição. Ele acusou Kilicdaroglu de conluio com grupos terroristas curdos e repetidamente se referiu ao líder da oposição – um membro da minoria muçulmana liberal Alevi – porquê um muçulmano não bom o suficiente.“Essa estratégia de ‘não bons muçulmanos e apoiada por terroristas’ atraiu os eleitores de direita que deveriam escolher Kilicdaroglu”, disse Soner Cagaptay, membro sênior do Washington Institute for Near East Policy.Cagaptay argumenta que, embora a mensagem de Erdogan não tenha ressoado nas grandes cidades da Turquia e na relativamente rica costa Sul, que votaram amplamente na oposição, ela conquistou o esteio necessário das partes mais pobres do país, principalmente nas regiões centrais e na costa do Mar Preto.“Lá, o esteio a Kilicdaroglu foi suprimido porque os eleitores de direita cujos próprios partidos apoiavam Kilicdaroglu não o escolheram”, disse ele.As mensagens de Erdogan também foram amplificadas por seu vasto domínio sobre a mídia turca, argumentaram os analistas.Participação dos eleitoresErdogan liderou a campanha eleitoral. No primeiro vez, em 14 de maio, o atual presidente garantiu uma vantagem de quase cinco pontos sobre Kilicdaroglu, mas ficou aquém do limite de 50% necessário para vencer.O conjunto parlamentar do presidente conquistou a maioria das cadeiras na corrida parlamentar no mesmo dia.Erdogan votou em um núcleo de votação em Istambul no domingo. “Esta é a primeira vez na história democrática turca”, disse ele.“A Turquia, com quase 90% de participação na última rodada, mostrou lindamente sua luta democrática e acredito que fará o mesmo novamente hoje”, acrescentou.Recep Tayyip Erdogan nasceu em 26 de fevereiro de 1954, em Istambul, na Turquia. Ele é casado e tem dois filhos e duas filhas.Se formou em 1981 na Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da Universidade de Mármara. Antes de sua curso política, Erdogan era um jogador semi-profissional de futebol.Ele foi duramente criticado por não proteger os direitos humanos e das mulheres, restringindo a liberdade de frase e tentando restringir a identidade secular da Turquia.Sob Erdogan e o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), o país suspendeu as restrições à frase pública da religião, incluindo o termo da proibição de mulheres usarem lenços de cabeça de estilo islâmico.Ele chegou ao poder em 2003, porquê primeiro-ministro, e se tornou o presidente em 2014, ampliando os poderes do função a partir de uma reforma constitucional três anos depois. Ele foi reeleito em 2018.Erdogan prometeu continuar com cortes de taxas de juros para reduzir a subida inflação caso seja eleito. Em entrevista à CNN, pontuou ainda que isso significa que não mudará a política econômica.Porquê funcionam as eleições na TurquiaAs eleições para presidente e para o Parlamento na Turquia acontecem simultaneamente a cada cinco anos.Os partidos podem indicar candidatos à Presidência se tiverem ultrapassado a marca de 5% dos votos nas últimas eleições parlamentares ou caso tenham 100 milénio assinaturas apoiando uma nomeação.O candidato que tiver mais de 50% dos votos no primeiro vez será eleito. Se isso não ocorrer, há segundo vez entre os dois nomes mais muito votados.Já no caso do Parlamento, o país segue o sistema de representação proporcional, sendo que o número de assentos que um partido obtém — do totalidade de 600 cadeiras — é diretamente proporcional aos votos que ganha.Entretanto, os partidos precisam conseguir pelo menos 7% dos votos — sozinhos ou em “confederação” — para poder colocar representantes no Congresso.(Com informações da CNN) Compartilhe: