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Em ato de aniversário de 45 anos do PT, Lula afirma que partido precisa ‘voltar a dialogar com a periferia’

Escrito por em 22 de Fevereiro, 2025

‘Para que continue a mudar o Brasil, o PT precisa mudar, precisa progredir sem perder de vista a sua núcleo; Tenho recomendado aos companheiros e às companheiros a leitura do manifesto de geração do PT’, disse
TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Ontem, Lula mencionou, que, de vez em quando, erra na escolha de ministrosO presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na manhã deste sábado (22), que o Partido dos Trabalhadores precisa “mudar”, “progredir sem perder a núcleo” e “voltar a dialogar com a classe trabalhadora e a periferia”. Em enunciação no ato de natalício de 45 anos do PT no Rio de Janeiro, o presidente disse ainda que os correligionários precisam se voltar ao manifesto de instalação do partido e retomar práticas que levaram a {sigla} a vencer cinco eleições presidenciais.
“O PT é uma teoria que se transformou em uma razão. E quem tem uma razão, seja um ser humano ou um partido político, não envelhece nunca e nunca perde a razão de sua existência. Nesses 45 anos de história, enfrentamos enormes desafios, mas nenhum repto é maior do que nossa capacidade de luta”, afirmou o presidente.

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Segundo Lula, o partido precisa voltar a se preocupar com o “dia-a-dia” do trabalhador. “Para que continue a mudar o Brasil, o PT precisa mudar, precisa progredir sem perder de vista a sua núcleo. Tenho recomendado aos companheiros e às companheiros a leitura do manifesto de geração do PT”.
“A verdade é que precisamos voltar a discutir política dentro das fábricas, nos locais de trabalho, onde a classe trabalhadora está, na cidade e no campo. É preciso que a gente volte a dialogar com a periferia”, acrescentou.
De convénio com o presidente, o partido precisa retomar práticas, porquê organização em núcleos setoriais e comunitários, e o orçamento participativo que o levaram a se tornar um dos maiores partidos do País.
“O PT era organizado por núcleos. Eram núcleos por bairros, núcleos por sítio de trabalho, núcleos por locais de estudo, e eu lembro que chegamos a ter 1.600 núcleos do partido organizados por várias categorias. Lamentavelmente, isso deixou de ser uma prática. Outra coisa que o PT fez história foi o orçamento participativo, que em muitos lugares também deixou de subsistir”, disse.
Lula diz que nem seu próprio ministério conhece as ações do governo
Na mesma solenidade, presidente demonstrou insatisfação com seus ministros. Lula disse que nem mesmo o primeiro escalão do Executivo conhece as ações de seu governo. Essa falta de informação, segundo ele, reduz a capacidade dos militantes petistas de tutorar sua gestão.
“Cabe ao governo fazer as coisas corretas e dar as informações para vocês. Porque o governo que não dá informações, às vezes não tem porquê militante tutorar. E eu sei que nós não demos informações. Eu fiz uma reunião ministerial faz mais ou menos 20 dias. Eu descobri na reunião que o ministério do meu governo não sabe o que nós estamos fazendo. Se o ministério não sabe, o povo muito menos”, declarou o presidente da República.
O petista afirmou que a oposição usa a pataratice porquê arma, e que o País tem uma extrema-direita radicalizada que precisa ser enfrentada. Também disse que é preciso enaltecer a democracia sem bravatas. Lula afirmou que defenderá esse regime “em qualquer lugar do planeta Terreno”. Segundo ele, 2026 será o ano para “derrotar a pataratice” no Brasil e no mundo.
Críticas a Trump e donos de redes sociais
O presidente criticou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo Lula, Trump “não foi eleito para ser xerife do mundo”.
“Esse cidadão não foi eleito para ser xerife do mundo. Quem vai governar o Brasil somos nós. Ninguém, nem esses produtores das plataformas (redes sociais) que pensam que mandam no mundo, vai fazer com que a gente mude de rumo nesse país. Não adianta ameaçar pela Justiça, não adianta perseguir o Alexandre de Moraes. Temos que dar os parabéns ao Alexandre de Moraes e ao procurador-geral da República pelas denúncias contra os golpista”, disse.
A fala do presidente fez referência à ação na justiça dos Estados Unidos que mira Moraes, alegando que o ministro do STF violou a soberania americana ao ordenar suspensão dos perfis do bolsonarista Allan dos Santos, que vive no país.
Ele também menciona a denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro porquê ‘líder’ de projecto golpista posteriormente a roteiro nas eleições de 2022.
Elogios a Gleisi Hoffmann
A expectativa dentro do partido é que o presidente fizesse um meneio à presidente pátrio do PT, deputada Gleisi Hoffmann, sobre a reforma ministerial prevista para o próximo mês. Lula elogiou a trajetória de Gleisi, mas não comentou sobre a provável ingressão dela no primeiro escalão do governo.
“Eu lembro que quando a Gleisi foi disputar a eleição no PT, muita gente não queria votar nela porque ela era muito estreita, ela só fala com a bolha, inventaram até o Lindbergh para disputar com ela. Eu disse: `gente, nós estamos precisando de alguém que fale para o PT’”, afirmou Lula
A ida prevista da deputada para o primeiro escalão, porquê adiantou o Estadão, no lugar de Márcio Macêdo, exigiu um igrejinha no próprio PT. A indicação de Gleisi para a Esplanada dos Ministérios deve ocorrer na reforma ministerial prevista para ocorrer no início do próximo mês.
Às vésperas de uma reforma ministerial, 11 dos 38 ministros estiveram ao lado de Lula no palco montado no Arrecadação 3 do Píer Mauá: Anielle Franco (Paridade Racial), Camilo Santana (Instrução), Ester Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos), Fernando Haddad (Rancho), Márcio Macedo (Secretaria-Universal da Presidência), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Lavradio Familiar), Rui Costa (Lar Social), Cida Gonçalves (Mulheres), Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais), Luiz Oceânico (Trabalho) e Nísia Trindade (Saúde). Porquê mostrado pelo Estadão, a saída de Nísia é dada porquê certa e seu substituto deve ser o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
A presidente do PT, por sua vez, criticou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que o aumento no preço dos provisões, citado porquê uma das preocupações do presidente Lula, é “resultado da especulação do dólar, do aumento das exportações e da crise do clima”.
“As alternativas ao PT que os poderosos promoveram resultaram em governos desastrosos e em terríveis ameaças à democracia. Esse ser (Bolsonaro) agora está denunciado. E nos 45 anos de PT, é um presente para a democracia essa denuncia contra Bolsonaro. Com provas e um farto material produzido pelos seus asseclas, Bolsonaro sentará no banco dos réus. Será julgado no devido processo permitido, coisa que não aconteceria se ele vencesse a eleição. É sem anistia para Bolsonaro e para os que praticaram o 8 de Janeiro”, afirmou Gleisi.
Ontem, Lula mencionou, na cerimônia de licença de um terminal do porto de Itaguaí (RJ), que, de vez em quando, erra na escolha de ministros. A enunciação vem no momento em que o governo discute uma reforma ministerial aguardada para os próximos dias.
*Com informações do Estadão ConteúdoPublicado por Carolina Ferreira


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