Eduardo Leite confirma pré-candidatura à Presidência pelo partido de Kassab

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), confirmou na terça-feira (20), que é pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2026. Leite se reuniu pela primeira vez com a bancada do partido na Câmara dos Deputados desde que se filiou ao PSD em 9 de maio, depois deixar o PSDB. “Sim, eu sou um pré-candidato à Presidência da República. Busco esse caminho. É uma aspiração legítima de quem foi prefeito, governador e quer contribuir para o melhor do Brasil“, declarou o governador em coletiva depois da reunião.
Questionado sobre uma eventual disputa interna com o governador do Paraná, Ratinho Júnior, também considerado uma vez que pré-candidato pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, Leite desconversou. “Vamos estar um ao lado do outro, buscando contribuir com esse caminho mútuo. Se ele se apresentar futuramente uma vez que um candidato com maior viabilidade e for até o termo na sua aspiração, logo ‘bora’, vamos juntos. Não tenho problema nenhum com isso”, disse Leite. A asserção ressoa com outros momentos em que deu pistas de que entende Ratinho uma vez que “a frente” no processo de indicação à Presidência.
Kassab já deu declarações sinalizando base à pré-candidatura de Leite à Presidência. Todavia, a situação interna do partido é mais complexa, já que o governador do Paraná, Ratinho Júnior, já indicou que quer a indicação. O presidente do partido já afirmou que ambos podem ser colocados uma vez que pré-candidatos, sem manifestar preferência.
No mesmo dia, Ratinho reforçou seu interesse em concorrer, em entrevista à Jovem Pan. O governador paranaense fez elogios ao superintendente estadual de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas afirmou que o PSD deveria lançar um candidato.
Nos bastidores, Kassab ainda trabalha a possibilidade de concordar o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para a disputa da cadeira presidencial. Todavia, a indicação dele depende do aval de Jair Bolsonaro (PL), que segue afirmando que será candidato, apesar de ter sido sentenciado uma vez que inelegível e responder por outros processos no Supremo Tribunal Federalista (STF).
A manutenção das duas candidaturas não parece gerar incômodo na cúpula do PSD, que entende que há um longo prazo para definir seu horizonte. O partido deve reavaliar a questão no horizonte, mas não dá indícios de que já tenha definido os critérios para julgar qual nome será escolhido. A legenda não planeja realizar prévias ou eleições internas.
Possivelmente, Leite tenta manter seu nome em subida nas conversas de bastidores para valorizar seu capital político. O governador reeleito não descartou disputar vaga na Câmara ou no Senado.