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Bolsonaro rebate versão sobre reunião com militares e nega confronto com Freire Gomes: ‘Nunca existiu voz de prisão’

Escrito por em 10 de Junho, 2025

Ex-presidente nega ter sido repreendido por comandante do Tropa em encontro que discutiu adesão das Forças Armadas a suposto golpe
Antonio Augusto/STF

Jair Bolsonaro é interrogado na Primeira Turma do Supremo
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou nesta terça-feira (10) que tenha recebido voz de prisão do portanto comandante do Tropa, general Freire Gomes, durante uma reunião com chefes militares em 2022. O encontro teria ocorrido para discutir estudos sobre provável suporte das Forças Armadas a uma tentativa de golpe, depois a guia nas eleições. A enunciação foi feita durante interrogatório no STF (Supremo Tribunal Federalista), levado pelo ministro Luiz Fux, no contexto da ação penal que investiga a fala de uma trama golpista para manter Bolsonaro no poder.
“Aquilo falado pelo brigadeiro Baptista Júnior não procede, tanto é que foi desmentido pelo próprio comandante do Tropa”, afirmou Bolsonaro, referindo-se ao portanto comandante da Aviação, que, em prova à Polícia Federalista, afirmou que houve prenúncio de prisão ao ex-presidente. “Se dependesse de alguém dissemelhante para levar avante um projecto ridículo desse, eu teria trocado o comandante da Aviação”, completou.
A fala de Bolsonaro vai ao encontro da versão dada por Freire Gomes, que prestou prova à Justiça no mês pretérito. “Não aconteceu isso, de forma alguma. Alertei ao presidente que, se saísse dos aspectos jurídicos, ele seria implicado juridicamente”, declarou o general, negando ter oferecido qualquer ordem de prisão durante o encontro. Já o brigadeiro Baptista Júnior, ex-comandante da Aviação, declarou em seu prova que a prenúncio ocorreu na ocasião, o que gerou divergência entre os militares.
Última período da ação penal
O prova de Bolsonaro integra a período final de interrogatórios no processo que investiga a tentativa de golpe. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, conduz os interrogatórios dos oito réus apontados pela Procuradoria-Universal da República (PGR) uma vez que membros do “núcleo crucial” da conspiração. Já foram ouvidos Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e delator; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; e Augusto Heleno, ex-chefe do GSI.
Ainda faltam os depoimentos dos generais Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, ex-ministro da Resguardo e ex-candidato a vice de Bolsonaro. As oitivas devem ser concluídas até sexta-feira (13). O julgamento que pode levar à pena dos envolvidos está previsto para o segundo semestre deste ano. Em caso de pena, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.


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