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Às vésperas de nova reunião do Copom, governo volta a entrar em conflito com presidente do Banco Central

Escrito por em 16 de Junho, 2024

Aproximação de Campos Neto com o governador Tarcísio de Freitas não foi muito recebida pelo Palácio do Planalto; comitê do BC se reúne na quarta, com possibilidade de pausa no galanteio dos juros

GABRIEL SILVA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Com a presença do governador Tarcísio de Freitas, Roberto Campos Neto recebeu homenagem na AlespTerminou o período de trégua entre o governo federalista e o presidente do Banco Mediano, Roberto Campos Neto. Em seguida a aproximação do economista com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), coligado de Jair Bolsonaro, integrantes da gestão federalista e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viraram os canhões para Campos Neto. O varão que comanda o BC, de quem procuração termina em dezembro deste ano, foi duramente criticado pelos governistas durante os primeiros meses do Lula 3, mas o embate esfriou em seguida os juros começarem a tombar no Brasil. No entanto, o Copom (Comitê de Política Monetária) reduziu a velocidade dos cortes e indicou que não é certaza e que a haverá novidade queda na próxima reunião, que começará na próxima terça-feira (18) e acabará na quarta (19).
“Estamos reféns de um sistema financeiro que praticamente domina a prelo brasileira. Ninguém fala da taxa de juros de 10,25% em um país com uma inflação de 4%. Pelo contrário, dão uma sarau para o presidente do Banco Mediano. Quem deu a sarau deve estar ganhando com esses juros”, disse Lula, em entrevista coletiva na Itália, onde participou da cúpula do G7. O jantar citado pelo presidente foi oferecido por Tarcísio de Freitas. Segundo o jornal “Folha de S.Paulo”, o governador sondou Campos Neto para a vaga de ministro em um cenário em que Tarcísio troque o Palácio dos Bandeirantes pelo Palácio do Planalto nas próximas eleições. O economista teria dito “sim”, mas aconselhado Tarcísio a não concorrer à Presidência.

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Deputados, senadores e ministros que compõem o governo Lula fizeram coro ao presidente. Simone Tebet, ministra do Planejamento, disse que Campos Neto precisa “sofrear sua pretensão política”. Márcio França, que chefia a pasta do Empreendedorismo, especulou que o mercado critica Fernando Haddad, da Herdade, para “meter a mão” na indicação de Lula ao Banco Mediano. O presidente da autonomia evita a tecer comentários políticos, mas já demonstrou publicamente algumas discordâncias com o presidente. A principal delas é a autonomia do BC.


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