Análise: Diplomacia brasileira está entrando em beco sem saída sobre Venezuela
Escrito por Nilson Oliver em 24 de Agosto, 2024
A diplomacia brasileira encontra-se em uma situação delicada em relação às recentes eleições na Venezuela, segundo estudo de Américo Martins, correspondente sênior da CNN. Para ele, o Brasil está entrando em um “beco sem saída” diplomático ao não reconhecer a reeleição de Nicolás Maduro sem ter aproximação às atas eleitorais.De tratado com Américo Martins, o Brasil afirma que não reconhecerá a suposta vitória de Maduro até que todas as atas eleitorais sejam publicadas e disponibilizadas para verificação pública.Esta posição coloca o país em uma situação complicada, pois o Juízo Pátrio Eleitoral da Venezuela, controlado pelo regime de Maduro, declarou sua vitória com 51% dos votos, mas não divulgou os números que comprovam esse resultado.Justiça venezuelana e falta de transparênciaO exegeta ressalta que a oposição venezuelana recorreu à Justiça, conforme sugerido pelo presidente Lula. No entanto, Martins enfatiza que o sistema judiciário venezuelano não é independente, sendo controlado pelo regime.A presidente do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, por exemplo, declara-se francamente “chavista” e “madurista”.A situação se agravou quando o tribunal venezuelano não unicamente validou a vitória de Maduro, mas também impôs sigilo sobre as atas de votação.Esse cenário coloca o Brasil em uma posição difícil, pois o país não deseja romper relações com a Venezuela ou impor sanções, buscando manter linhas de diálogo.Dilema diplomático brasileiroAmérico Martins explica que o Itamaraty acredita que manter o diálogo é uma forma de potencialmente influenciar a política interna venezuelana. Todavia, essa estratégia entra em conflito com a posição de não reconhecer o resultado eleitoral sem as atas, que provavelmente não serão divulgadas.O exegeta menciona que o Brasil e a Colômbia, dois países importantes para a Venezuela, estão prestes a exprimir um enviado conjunto sobre a situação.Embora o esperado fosse uma posição sátira em relação às fraudes eleitorais, Martins sugere que, devido ao libido de manter o diálogo com Caracas, é provável que adotem uma abordagem mais branda.Esta situação contrasta com a posição de outros países porquê Estados Unidos, Argentina, Uruguai e Chile, que criticaram duramente as fraudes e o governo Maduro.Martins conclui que o Brasil se encontra em uma posição complicada, tentando lastrar a manutenção do diálogo com a premência de pressionar o regime venezuelano a consentir as irregularidades no processo eleitoral. Os textos gerados por lucidez sintético na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique cá para saber mais.