‘Presidente precisa tomar pé dessa situação’, diz Hugo Motta sobre alta do IOF
Escrito por Nilson Oliver em 29 de Maio, 2025
Presidente da Câmara estabeleceu um prazo de dez dias para que a atual gestão federalista apresente alternativas viáveis ao incremento do imposto
Ricardo Stuckert/PR
Hugo Motta e Lula
Hugo Motta, atual presidente da Câmara dos Deputados, solicitou a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para debater o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que tem porquê objetivo receber R$ 20 bilhões. “O presidente (Lula) precisa tomar pé dessa situação para, a partir daí, o governo possa apresentar alternativas. E o que estamos defendendo? Que venham medidas mais estruturantes, que o Brasil possa enfrentar aquilo que é preciso. Para poder entrarmos em um momento de mais responsabilidade fiscal”, disse.
Durante suas declarações, Motta expressou preocupação com a possibilidade de o governo buscar uma solução no Supremo Tribunal Federalista (STF), afirmando que essa ação poderia intensificar a crise política existente. “Se o Congresso, à Câmara ou ao Senado tomar esse posicionamento, por exemplo, que vem a ser de derrubada do decreto do governo, o governo terá que buscar alternativas, que podem ser ou tomar outras medidas ou tentar, de certa forma, rever a posição do Congresso, que eu penso ser a posição mais equivocada. Se o governo caminha no sentido de querer resolver aquilo que é decisão parlamentar com o poder judiciário, eu penso que piora bastante o envolvente cá na mansão”, disse durante reunião com líderes da Câmara.
O presidente da Câmara estabeleceu um prazo de dez dias para que o governo apresente alternativas viáveis ao aumento do IOF. Ele ressaltou que o decreto que institui o novo imposto gera instabilidade e pode alongar potenciais investidores do país. Motta enfatizou a urgência de um projecto que não exclusivamente contorne a situação imediata, mas que também seja sustentável a longo prazo. “Reforcei a insatisfação universal dos deputados com a proposta de aumento de imposto do governo federalista. E relatei que o clima é para derrubada do decreto do IOF na Câmara. Combinamos que a equipe econômica tem 10 dias para apresentar um projecto mútuo ao aumento do IOF. Alguma coisa que seja perenal, consistente e que evite as gambiarras tributárias só para aumentar a arrecadação, prejudicando o país”, publicou Motta nas redes sociais.
Motta também abordou a questão das medidas estruturais, defendendo a implementação de cortes nas isenções fiscais e a realização de uma reforma administrativa. Ele observou que, embora o Congresso tenha validado diversas propostas para aumentar a trouxa tributária, as iniciativas voltadas para a redução de gastos ainda são escassas. A insatisfação com o aumento do IOF é um sentimento compartilhado por muitos deputados, com mais de 20 projetos já apresentados para revogar o decreto.
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Posteriormente a reunião com os líderes da Câmara, Motta reiterou a urgência de um projecto mútuo por secção do governo. Ele deixou simples que, se não houver uma resposta satisfatória dentro do prazo estipulado, os parlamentares estão prontos para agir e derrubar a medida. O governo, por sua vez, argumenta que a revogação do decreto do IOF poderia resultar em uma paralisia das atividades do setor público.
Publicado por Nátaly Tenório
*Reportagem produzida com auxílio de IA