Faixa Atual

Título

Artista


Procuradoria defende que TSE rejeite recursos do PT e do PL e mantenha mandato de Moro

Escrito por em 8 de Maio, 2024

Procuradoria-Universal Eleitoral contraria o posicionamento do Ministério Público do Paraná, que foi em prol da cassação; termo final cabe agora ao TSE
TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Com a PGE jogando a seu obséquio, depois a remissão, Sérgio Moro entra no julgamento menos pressionadoA Procuradoria-Universal Eleitoral (PGE) defendeu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mantenha o procuração do senador Sérgio Moro (União-PR). O parecer foi enviado nesta terça-feira (7), ao gabinete do ministro Floriano de Azevedo Marques, relator de recursos do PT e do PL contra o julgamento do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná que absolveu o senador. Com a PGE jogando a seu obséquio, depois a remissão, Sérgio Moro entra no julgamento menos pressionado. A resguardo ainda terá a oportunidade de apresentar seus argumentos. A Procuradoria-Universal Eleitoral contraria o posicionamento do Ministério Público do Paraná, que foi em prol da cassação. A termo final cabe agora ao TSE. O tribunal ainda não tem data para julgar o caso, o que depende essencialmente do relator, que precisa liberar a ação para julgamento quando estiver com relatório e voto prontos, e da presidência, a quem compete acomodar o processo na tarifa.

Siga o meio da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Advogados envolvidos no caso têm esperança de ver um desfecho antes das eleições, apesar da proximidade do pleito. Se for pautado ainda neste mês, o processo pode ser o último de grande repercussão na gestão do ministro Alexandre de Moraes. Sérgio Moro responde por afronta de poder econômico, arrecadação ilícita e uso indevido dos meios de notícia nas eleições de 2022. O tecido de fundo é sua frustrada pré-candidatura a presidente. O TSE precisa deliberar se as despesas no período deixaram o ex-juiz em posição desigual em relação aos concorrentes ao Senado. Um dos pontos-chave do julgamento é o parâmetro que será usado para calcular os gastos de campanha. A definição sobre quais despesas seriam ou não de pré-campanha, para julgar se houve ou não desequilíbrio na eleição, é controversa. O critério dividiu os desembargadores do Paraná. A natureza dos gastos também vai influenciar a votação. Os ministros precisam deliberar se despesas que não estão diretamente relacionadas com a campanha para obter votos têm ou não caráter eleitoral. É o caso, por exemplo, de valores desembolsados com segurança pessoal e escolta. Outro ponto em cândido é se as despesas fora do Paraná, na pré-campanha a presidente, devem entrar no montante. Há um debate sobre a influência de eventos externos no eleitorado estadual. O Podemos foi o primeiro partido a filiar Sérgio Moro quando o ex-juiz entrou oficialmente na vida político-partidária. Ele migrou ao União Brasil, depois ver derreterem suas chances de vitória na corrida presidencial, para lançar candidatura ao Senado. Entre os desembargadores do Paraná, prevaleceu a tese de que Moro só poderia ser sentenciado se ficasse provado que o movimento foi propositado, ou seja, que ele lançou pré-candidatura a presidente para lucrar maior visibilidade na campanha ao Senado. Os partidos, no entanto, defendem que o efeito da pré-campanha existe, independente de eventual premeditação.
O que diz a PGE?
A Procuradoria-Universal Eleitoral afirma no parecer enviado ao TSE que há um vácuo legislativo na regulamentação dos gastos pelos candidatos e partidos no período da pré-campanha e que o caso tem contornos particulares que, na avaliação do órgão, tornam desaconselhável a cassação. Para o vice-procurador-geral Eleitoral Alexandre Espinosa Indomável Barbosa, o TSE deve preferir uma “postura de menor interferência na escolha soberana das urnas”. A PGE também descarta que Sérgio Moro tenha, deliberadamente, simulado uma pré-candidatura presidencial para se beneficiar de um aumento sintético do limite de gastos eleitorais. Na avaliação do vice-procurador, a mudança de rumos se deu mais por “atabalhoamento” do que por estratégia. “Desse modo, não é oferecido cogitar de uma intenção preordenada de downgrade na candidatura, sobretudo porque a incapacidade de pronunciação política ou o insucesso no lançamento da candidatura não pode ser dimensionado porquê dolo eventual”, diz um trecho da revelação. A Procuradoria defende que gastos fora do Paraná não devem ser considerados no julgamento, salvo de permanecer provado que houve finalidade específica de convencer eleitores do Estado. O raciocínio deixa de fora a maior secção das despesas da pré-campanha. “A versão indica que unicamente devem ser considerados os gastos que envolveram a perímetro do Paraná e foram individualizados ao pré-candidato ou, ainda, que tiveram finalidade de preparação do candidato para uma atividade de convencimento do eleitorado da perímetro na qual o registro foi efetivado.” A PGE conclui dizendo que não há indicativos seguros de que houve excesso de gastos ou meandro e preterição de recursos.
*Com informações de Estadão Teor


Opnião dos Leitores

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados com *